CADÊ A MATA QUE ESTAVA AQUI?


Não foi preciso ir muito além da sede do município para comprovar o grande desrespeito com a natureza por parte dos nossos agricultores, que ainda utilizam a cultura da colheita tradicional.

As nossas nascentes estão se acabando por conta do mal uso das terras na agricultura familiar, nada se respeita.

Em uma manhã de verificação e fiscalização dos espaços desmatados no entorno da sede do município foram vistos grandes 'desastres'. Em apenas 03 sitios visitados foi grande o número de desamatamentos registrados, não que estejamos sendo contra a esta prática, afinal de contas é dela que nossos agricultores sobrevivem, porém se fa necessário que sejam tomadas algumas atitudes, alguns cuidados mínimos que ainda hoje passam por despercebidos.

Constatou-se em um caso que a terra era desmatada apenas para a extração de madeira e de pedras. É preciso sentar a comunidade com grupos que defendem a natureza e entrar-se em acordo comum, as terras de tanto serem queimadas já estão improdutivas, a serra com ausência de vegetação chega a 36° nas tardes serranas.

As ONG's alertam para a preservação da natureza, o governo fornece sementes e ainda garante um seguro, caso o produtor não tenha êxito na produção, hoje, muitos que não necessitam da agricultura estão voltando apenas para garantir o seu seguro-safra.

A complexidade é grande, e só será resolvido tal caso, quando os próprios agricultores tomarem consciência que esta não é mais a forma adequada de se produzir na agricultura familiar.





Informativo Serrano - N° 21 - Coluna ATITUDE
Albertoh Lourenço